E-MAIL ENDEREÇADO AOS SENADORES DA CPI COVID-19
A MORTE E A DOR
Não há de se confundir o FIM de uma vida, quando sua trajetória se fez natural, para com aquela que subitamente se esvai sem sentido humano, seja por balas perdidas, por falta de recursos ou equipamentos cirúrgicos. A MORTE, independente das razões, consiste no SILÊNCIO ETERNO, para aquele que se foi.
E a DOR? Esta, como o silêncio é eterno para aqueles que perderam seus entes queridos, diferenciando apenas, justamente, nas razões em que se deu, pois quando natural é suportada pela gratidão da existência em sua plenitude; quando súbita, vários sentimentos negativos afloram, como o da indignação, da incerteza, da fragilidade, tornando a dor, muitas das vezes insuportável para aquele que a sente, quando muito, conduz também ao seu antecipado desaparecimento.
Por tanto, não respeitar a MORTE, nem tampouco a DOR, é assassinar a essência humana. Não se negocia nem se faz política com a morte.
Hoje, com mais de 400 mil MORTES, sem contar o DOBRO daqueles que caminham com a sua DOR, configura-se CRIME CONTRA HUMANIDADE e, há de se lembrar...
NÃO HÁ SOFRIMENTO CONTÍNUO QUE SUFOQUE A VOZ DA REVOLTA
Carlos Passinha