Pressão da categoria garantiu pagamento integral no dia 12 de setembro
Em função da força da categoria, que fez uma greve histórica de mais de dois meses, conseguimos assegurar o pagamento integral dos dias parados. Isso só foi possível graças a pressão dos ibegeanos, que mais uma vez se mobilizaram para fazer valer o que foi acordado.
O Sindicato deslocou um companheiro a Brasília para a assinatura do Acordo no dia 3 de setembro, conforme combinado com o Governo, mas não foi recebido. A Direção do IBGE não estava por lá e nada informou à categoria ou ao Sindicato.
Além disso, a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN procurou a Direção do IBGE, no Rio, em 4 de setembro, véspera da data acertada para o pagamento de 80% dos dias parados da greve, para cobrar o que tinha sido acertado no dia 29 de agosto, junto com o Ministério do Planejamento.
Até aquele momento a Direção do IBGE não sabia o que fazer, segundo o Diretor-Executivo, e aguardava um comando do Governo para rodar a folha. Em Brasília, nosso companheiro teve que procurar parlamentares para ser recebido pelo Governo, enquanto a Direção do IBGE dizia que tinha feito tudo que estava ao seu alcance para que o pagamento fosse realizado.
Foi preciso o Sindicato convocar assembléias (o que ocorreu em diversas Unidades Estaduais) e ameaçar a retomada do movimento, para que o Planejamento nos recebesse, no dia 5 de setembro, e assinasse o Acordo sobre os dias parados. O correto seria que esse pagamento estivesse nas contas dos trabalhadores do IBGE no próprio dia 5 de setembro, como acordado.
Com o atraso de uma semana, só restou ao Governo oferecer o pagamento integral dos dias parados da greve no dia 12 de setembro, ainda que o IBGE tenha fincado pé na reposição do trabalho em horas de serviço e sábados de setembro e outubro, com o caráter “sócio-educativo”, como alegou o Diretor-Executivo.
No entanto, os transtornos causados aos trabalhadores por este atraso de uma semana, sequer foram considerados no B.I. 71 da Direção do IBGE, que ainda tentou levar para si o feito do Governo pagar os dias parados no valor integral. Esqueceram de informar porque a assinatura do dirigente do IBGE não consta dos termos do Acordo sobre os dias parados.
O pagamento integral dos dias parados só foi possível pela força dos ibegeanos, e não pelo esforço ou a dádiva de nenhuma direção, muito menos a Direção do IBGE. Esse espírito de luta deve nortear a categoria daqui para frente, sobretudo para garantir o cumprimento dos Acordos firmados com o Governo.
Nossa greve demonstrou que será preciso lutar também para mudar o sistema de administração do IBGE, que deve deixar de ser gerenciado por um grupo indicado pelo Governo e passar pelo crivo das urnas, tanto para Presidência, Conselho Diretor e chefias das Unidades Estaduais.De: ASSIBGE-SN
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