quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FUNCIONALISMO PÚBLICO - SERVIDORES DO IBGE PRESSIONAM GOVERNO

Pressão da categoria garantiu pagamento integral no dia 12 de setembro


Em função da força da categoria, que fez uma greve histórica de mais de dois meses, conseguimos assegurar o pagamento integral dos dias parados. Isso só foi possível graças a pressão dos ibegeanos, que mais uma vez se mobilizaram para fazer valer o que foi acordado.
O Sindicato deslocou um companheiro a Brasília para a assinatura do Acordo no dia 3 de setembro, conforme combinado com o Governo, mas não foi recebido. A Direção do IBGE não estava por lá e nada informou à categoria ou ao Sindicato.
Além disso, a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN procurou a Direção do IBGE, no Rio, em 4 de setembro, véspera da data acertada para o pagamento de 80% dos dias parados da greve, para cobrar o que tinha sido acertado no dia 29 de agosto, junto com o Ministério do Planejamento.
Até aquele momento a Direção do IBGE não sabia o que fazer, segundo o Diretor-Executivo, e aguardava um comando do Governo para rodar a folha. Em Brasília, nosso companheiro teve que procurar parlamentares para ser recebido pelo Governo, enquanto a Direção do IBGE dizia que tinha feito tudo que estava ao seu alcance para que o pagamento fosse realizado.
Foi preciso o Sindicato convocar assembléias (o que ocorreu em diversas Unidades Estaduais) e ameaçar a retomada do movimento, para que o Planejamento nos recebesse, no dia 5 de setembro, e assinasse o Acordo sobre os dias parados. O correto seria que esse pagamento estivesse nas contas dos trabalhadores do IBGE no próprio dia 5 de setembro, como acordado.
Com o atraso de uma semana, só restou ao Governo oferecer o pagamento integral dos dias parados da greve no dia 12 de setembro, ainda que o IBGE tenha fincado pé na reposição do trabalho em horas de serviço e sábados de setembro e outubro, com o caráter “sócio-educativo”, como alegou o Diretor-Executivo.
No entanto, os transtornos causados aos trabalhadores por este atraso de uma semana, sequer foram considerados no B.I. 71 da Direção do IBGE, que ainda tentou levar para si o feito do Governo pagar os dias parados no valor integral. Esqueceram de informar porque a assinatura do dirigente do IBGE não consta dos termos do Acordo sobre os dias parados.
O pagamento integral dos dias parados só foi possível pela força dos ibegeanos, e não pelo esforço ou a dádiva de nenhuma direção, muito menos a Direção do IBGE. Esse espírito de luta deve nortear a categoria daqui para frente, sobretudo para garantir o cumprimento dos Acordos firmados com o Governo.
Nossa greve demonstrou que será preciso lutar também para mudar o sistema de administração do IBGE, que deve deixar de ser gerenciado por um grupo indicado pelo Governo e passar pelo crivo das urnas, tanto para Presidência, Conselho Diretor e chefias das Unidades Estaduais.

De: ASSIBGE-SN

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