quarta-feira, 12 de setembro de 2012

RELEMBRANDO - TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO OCUPAM MARCHA NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS


 Dia Nacional de Mobilização da CUT e 6ª Marcha da CNTE afirmam que “Independência é educação de qualidade e trabalho decente”


 Mais de dez mil manifestantes, vindos em caravanas de todo os cantos do país, participaram nesta quarta-feira (05) do Dia Nacional de Mobilização da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da VI Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, em Brasília.

“Defendemos os 10% do PIB para a educação, o piso do magistério, carreira, e aprovação do Plano Nacional de Educação, porque são medidas imprescindíveis para o desenvolvimento do país, que dialogam com o presente e o futuro da nossa nação, da mesma forma que o combate à precarização e à terceirização”, declarou Carmen Foro, dirigente da executiva nacional da CUT, que coordenou a manifestação ao lado de Fátima Aparecida da Silva, da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). A seu lado no caminhão de som, Fátima lembrou que a ampliação dos investimentos é essencial para uma educação à altura do país e de seu povo, com o fortalecimento da ciência e da tecnologia nacional. “Por isso o lema da nossa manifestação é ‘Independência é educação de qualidade e trabalho decente’, pois são ações imprescindíveis para o nosso desenvolvimento soberano”, frisou Fátima.
 
Dirigente nacional da CUT e da CNTE, Antonio Lisboa ressaltou que as mobilizações dos dois últimos meses, em que os cutistas dirigiram um processo intenso de greves de servidores federais e estaduais, arrancaram bons resultados, dobrando a intransigência dos que se recusavam a negociar e diziam não ter recursos. “O caminho é esse, é botar a massa na rua para garantir direitos e ampliar conquistas. Com mobilização o dinheiro aparece”, frisou.
 
Vaia para Mantega
 
O vice-presidente da CUT de São Paulo, professor Douglas Izzo, pediu uma vaia para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou que os 10% do PIB para a educação iria quebrar o país. “Se há recursos para um volumoso superávit primário, por que não destinar um percentual mais expressivo do Orçamento federal para fomentar a educação”, questionou. A vaia se alastrou pela Esplanada.
 
A realização da marcha em plena Semana da Pátria, declarou Júlio Turra, da direção nacional da CUT, “demonstra que a independência só pode ser garantida pelos trabalhadores”. “A bandeira da educação unifica o conjunto da classe em apoio à luta dos companheiros da CNTE, da mesma forma que a luta contra a precarização e a terceirização mobiliza os trabalhadores em educação em solidariedade à classe. Esta é uma mobilização que abre caminho para vitórias e destaca a importância do protagonismo do Estado”, frisou Julinho.
 
Audiências
 
Durante a tarde desta quarta-feira foram marcadas várias audiências com parlamentares, onde os dirigentes da CUT e da CNTE levarão até o Congresso Nacional as suas reivindicações. O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que além da pauta educacional, as entidades apresentarão aos deputados e senadores a sua pauta comum pelo fim do Fator Previdenciário, contra a idade mínima para as aposentadorias e a desoneração da folha de pagamento; contra a rotatividade no emprego – pela ratificação da Convenção 158 da OIT; por negociação coletiva no serviço público – regulamentação da Convenção 151 - e a revogação do Decreto 7777 – que institucionaliza a substituição dos servidores grevistas. “Vamos falar firme e pedir urgência em ações contra a precarização do trabalho, no combate às terceirizações e na luta pela igualdade de direitos. Precisamos urgente de trabalho decente”, concluiu Vagner.
 
Fonte: CUT Nacional
 
 

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