sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"CASA DA MORTE" - UM INSTRUMENTO DA DITADURA

Casa da Morte em Petrópolis, agosto de 2012: um primeiro passo para que nunca mais aconteça


ImagemEm agosto deste ano, a prefeitura de Petrópolis, no Rio de Janeiro, deu um importante passo para o resguardo da memória das vítimas da ditadura brasileira (1964-1985) com a publicação oficial da declaração da “Casa da Morte” como imóvel de utilidade pública para fins de desapropriação. Essa declaração é uma resposta às reivindicações da sociedade civil, feitas pelo Conselho de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis e encampadas pela OAB-RJ.

A Casa da Morte foi utilizada, na primeira metade dos anos 70, como um Centro Clandestino de Detenção (CCD) pelo Centro de Informações do Exército (CIE). Estima-se que neste CCD Casa da Morte podem ter sido executados cerca de 20 presos políticos nos anos de chumbo da ditadura brasileira, a maioria destes até hoje desaparecidos, sendo que seus restos mortais nunca foram encontrados para um sepultamento digno. Uma vítima deste CCD, Inês Etienne Romeu, saiu dali com vida e pode contar as atrocidades que sofreu juntamente com os outros detidos não sobreviventes. Foi Inês a responsável pela localização da Casa da Morte e do médico-torturador Amílcar Lobo.

Sabe-se que, durante o regime militar, esse imóvel não foi o único local destinado ao uso nefasto de torturar e matar pessoas capturadas pelo Estado. Aliás, esse tipo de violência era prática comum nas ditaduras da América Latina nos anos 70 e, juntamente com os Centros Oficiais de Repressão/Detenção de opositores políticos, a figura dos Centros Clandestinos de Detenção (CCD) é também conhecida e já tem sido bem estudada e delineada por pesquisadores que se dedicam à temática dos desaparecimentos e torturas de presos políticos.

Na Argentina, por exemplo, as narrativas das vítimas que passaram por esses CCD são tornadas públicas. Há também estudos importantes sobre a arquitetura e a organização espacial dos CCDs e seus efeitos sobre os corpos e mentes dos detidos, que fornecem subsídios importantes para as políticas públicas de valorização da memória das vítimas da ditadura. Dentre os tantos artigos interessantes, gosto muito do texto escrito por Zarankin e Niro, que aborda a arqueologia da arquitetura dos CCD da ditadura militar argentina. Este artigo fala da violência na Argentina, mas não se distancia do que se passou no Brasil. Ao contrário.

O artigo começa com o relato intitulado “Um dia no El Vesubio”, de autoria de Niro, sobrevivente do CCD El Vesubio. Niro conta as atrocidades sofridas pelos que ali se encontravam e nas últimas linhas indica o espírito desses Centros Clandestinos de Detenção (CCD): “Tiram-me a roupa. Molham-me com um trapo com água e me atam com um cabo, no dedão do pé. Com outro cabo começam a dar máquina. O vazio. Não sei quanto tempo dura, em realidade. Sinto que me tiram a alma. Tiram-me o desejo. Arrebentado (...). Certo dia, um companheiro que tomava um medicamento devido a um problema psicológico, padecia de delírios de perseguição ao ficar sem o remédio e pedia, aos gritos, que o trouxesse. Nós pedíamos que ele se calasse para evitar reprimenda. No entanto, continuava gritando e solicitando o medicamento até que se escutou a voz de um repressor dizendo: “De que te queixas? De teu delírio de perseguição? Mas já te agarramos...”. (“A materialização do sadismo: Arqueologia da Arquitetura dos Centros Clandestinos de Detenção da ditadura militar argentina (1976-1983)”, disponível em http://www.reid.org.br/?CONT=00000157).

Não por coincidência, a vontade de “agarrar/capturar” os opositores e lhes silenciar ou até lhes transformar em aliados do regime autoritário também é um traço da ditadura militar brasileira. Em julho deste ano, um coronel reformado, que pertenceu aos quadros do Centro de Informações do Exército (CIE) e admitiu a existência da Casa da Morte, esclareceu, em entrevista a jornal de grande circulação, que a finalidade da Casa da Morte não era o extermínio das vítimas, mas “a conquista a confiança de militantes da luta armada” para que estes militantes se tornassem “espiões do regime dentro de suas organizações” (ver a reportagem completa em: http://oglobo.globo.com/pais/torturador-conta-rotina-da-casa-da-morte-em-petropolis-5300155#ixzz24qP3gcB1).

Esse início de desapropriação, com a declaração de utilidade pública do imóvel onde funcionava o CCD Casa da Morte, é o primeiro passo para transformar esse imóvel num Lugar de Memória. Lugares de Memória (ou Sítios de Consciência) é um termo de direitos humanos que se refere a locais que abrigam diversos meios e formas de celebração e cultuação das memórias de vítimas submetidas a atrocidades e supressão de direitos, em razão de guerra, de regimes autoritários ou de atos violentos (excepcionais e inaceitáveis) praticados em períodos de guerra ou de ditadura.

Além do valor para os direitos humanos, os Lugares de Memória têm valor histórico e cultural. No plano jurídico, por serem a materialização da memória de um período histórico, enquadram-se na concepção de sítios de valor cultural, previstos na Constituição (art.216, inc. V). Por isso, a concepção, instalação e gestão desse tipo de local envolvem políticas públicas para os direitos humanos (com enfoque na reparação das vítimas e também para que a violência nunca mais aconteça) e políticas culturais, com ações ligadas à gestão e proteção dos bens culturais, especialmente de museus, memoriais, arquivos públicos e outras ações que ajudem a compreender a história do país durante a ditadura militar.

No Brasil, há instrumentos jurídicos para a proteção dos bens cultuais listados na Constituição: inventário, tombamento, desapropriação, registro e vigilância (art.216§1°). Além desses, a Constituição diz, no mesmo dispositivo (art.216, §1°), que são admitidas outras formas inominadas para proteção dos bens. No caso da Casa da Morte, a escolha do município foi a desapropriação, ou seja, a opção foi de transferir para o município de Petrópolis a propriedade deste imóvel mediante pagamento de seu valor ao particular. Nas notícias recentes, há depoimento do proprietário do imóvel, que hoje é uma casa como tantas outras, sobre o descabimento da medida pela prefeitura de Petrópolis.

No entanto, o que aconteceu naquele imóvel tem um valor histórico e cultural maior que o direito deste proprietário em continuar a habitar o local. Não falo do direito à propriedade, que é um direito fundamental, garantido pela Constituição e que remanesce agora resguardado pelos procedimentos e requisitos que serão seguidos para a transferência compulsória da propriedade.

Nesse sentido, a desapropriação se fundamenta e a decisão da prefeitura de Petrópolis é idônea e legítima porque atinge o objetivo público de recordar as atrocidades para que nunca mais aconteçam, de valorizar a memória das vítimas e de resguardar a memória coletiva.

Que boa iniciativa vinda de Petrópolis! Que bom ver as reivindicações para a Verdade e Memória atendidas!

Inês Virgínia Prado Soares é mestre e doutora em Direito pela PUC/SP, procuradora da República em São Paulo e coordenadora, juntamente com Sandra Kishi, do livro Memória e Verdade: a Justiça de Transição no Estado Democrático brasileiro, Editora Forum, 2009. Dirige, juntamente com Marcos Zilli, a Coleção Fórum Direitos Humanos.

De: Correio da Cidadania

MOVIMENTO INDÍGENA - ÍNDIOS GUAJAJARAS REPUDIAM PORTARIA 303



Em encontro, indígenas Guajajara repudiam Portaria 303 da AGU

Os indígenas Tenetehara/Guajajara, representantes das aldeias Tabocal, Areião, Novo Planeta, Piçarra Preta, Januária e Aldeia Nova, da Terra Indígena Pindaré, reuniram-se durante esta semana na aldeia Januária, município de Bom Jardim, Maranhão, com o objetivo de conhecer e pensar estratégias de enfrentamento à Portaria 303, da Advocacia Geral da União (AGU), publicada no dia 16 de julho de 2012.
Os indígenas, indignados, repudiaram tal atitude da AGU que visa, com essa portaria, usurpar os territórios indígenas, destruindo o direito indígena duramente conquistado. A União, que além de não demarcar e proteger os territórios indígenas conforme está previsto na Constituição de 1988, ainda se omite diante dessa portaria que visa beneficiar àqueles que sempre aumentaram seus lucros à custa da morte e do sofrimento dos povos indígena e de outras comunidades tradicionais.
Com falas contundentes, disseram que “acordaram do sono” em que se encontravam, e que estão dispostos a “lutar para garantir o futuro de seus filhos e netos ao território deixado pelos seus antepassados”. Eles apóiam e se somam às lutas dos povos indígenas no Brasil. Conclamam ainda os que ainda não se manifestaram a fazer o mesmo, pois está em jogo a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas no Brasil.
O momento serviu para entender o contexto sócio-político e econômico em que a Portaria 303 está inserida e quais são os interesses que ela atende. Numa só voz, os indígenas disseram: “É hora de deixar de lado as diferenças e partir em união na defesa da vida”. Nesse clima de força e esperança traçaram estratégias que serão executadas daqui para frente.

MOVIMENTO INDÍGENA - PORTARIA 303: LÁ VEM REMENDO


“Não tenho problema em revisar a portaria. Ainda falta quase um mês em que ela continuará suspensa. Vou refletir, precisamos de decisões e soluções definitivas. O Supremo Tribunal Federal tem que tomar uma decisão”.

Foi nessa linha a fala do ministro da AGU, Luis Inácio Adams ao se dirigir aos indígenas reunidos no Ministério da Justiça, nesta manhã, do dia 29 de agosto. Sob pedido unânime das lideranças indígenas pela revogação da Portaria 303, ele apenas reafirmou que a portaria é apenas uma reprodução do que disse o Supremo Tribunal Federal.

Instalados em confortáveis cadeira do auditório do Ministério da Justiça, a delegação indígena de Goiás, Tocantins, representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e da Comissão de  Política Indigenista  (CNPI), foram ouvidos pelo Ministro da Justiça,  José Eduardo Cardoso; o  ministro da AGU, Luis Inácio Adams, além de representantes da Secretaria Especial da Presidência da República e da Funai.
Remendar uma portaria inconstitucional e anti-indígena não é possível. Qualquer tentativa de alterar a portaria, só faria piorar a situação.
Rasgue, revogue, queime, acabe com essa portaria
“Nós não queremos essa porcaria, de jeito nenhum, isso aí não é justo, porque querem acabar com a gente”, disseram inúmeras vezes as lideranças indígenas. Lembraram ao ministro Adams que a portaria é inconstitucional e que é função da AGU defender os interesses da União, e que as terras indígenas são da União e que, portanto ao invés entregar nossas terras e abrir para a exploração, demarquem e as protejam. “Essa portaria é a morte dos povos indígenas. Deixem-nos viver em paz. Estão aumentando as violências contra nossos povos”
Os indígenas pediram a imediata revogação da portaria (porcaria). E mais do que isso “rasgue ela. Diga isso pra nós. Isso não é justo. Não aceitamos a portaria”, disse Maria das Flores Kraho, gesticulando indignadamente.
Os indígenas ainda registraram sua indignação pelo desrespeito com que foram tratados “nós não somos bandidos. Precisava chamar quinhentos policiais? Porque fecharam as portas na AGU e no Ministério da saúde?, clamou Antonio Apinajé.
Essa portaria em muito se assemelha à proposta de “emancipação indígena”, proposta pelo general Rangel Reis, então Ministro do Interior, em 1976.  A verdadeira intenção era emancipar as terras indígenas e em 20 anos ver um Brasil livre de índios. A reação dos povos indígenas e de seus aliados em nível nacional e internacional foi imediata e contundente. Apesar da resistência, após rasgarem o projeto numa Assembleia Indígena nacional, realizada em Goiás Velho, o então ministro sepultou definitivamente seu projeto. Espera-se o mesmo do ministro da AGU, com relação à portaria 303.
Saúde fechada
Depois da reunião oito povos indígenas de Goiás e Tocantins permanecerem por mais de duas horas diante das portas trancadas e finalmente foram convidados a conversar com funcionários do terceiro escalão.  Uma delegação foi para a conversa com os funcionários da Sesai. Permaneceram por quase cinco horas colocando suas reivindicações diante do descaso do órgão e da dramática situação da saúde na maioria das aldeias.  
Diante das evasivas e argumentações inconsistentes dos funcionários do órgão, as lideranças indígenas saíram do diálogo profundamente decepcionados e revoltados.
Para o cacique Marcos Xukuru, foi desrespeitosa a forma como a Sesai tratou a delegação indígena “coloca um substituto já com a intenção de que nada se resolva, que tudo fique como está. Acho negativa e desrespeitosa a atuação da Sesai”.  A mesma impressão foi manifestada pelas lideranças dos povos indígenas de Goiás e Tocantins. Em função disso estão solicitando uma audiência com o Ministro da Saúde, para pedir algumas providências urgentes, inclusive com a substituição de funcionários da região.
 No Senado, sinal fechado
A delegação de mais de 50 indígenas está vendo com muita preocupação a forma como vem sendo tratados nos diversos espaços em que têm reivindicado seus direitos e exigido respostas aos grandes desafios, violências e invasões que sofrem em seus territórios. Chama atenção o grande número de policiais que “cuidam e vigiam” a delegação indígena. Para eles isso é um desrespeito, pois eles sempre têm recebido muito bem as autoridades em suas aldeias. Aqui são tratados com desconfiança e até preconceitos.
No Senado, policiais insistiram em manter os indígenas sob forte sol enquanto faziam gestões e negociações para permitir a entrada nessa casa legislativa (que teoricamente é a casa do povo, e por razão ainda mais forte, de seus primeiros habitantes). Nenhum senador veio recepcioná-los, porém foi permitido a uma pequena delegação a entrar na casa. Enquanto isso, no lado de fora os indígenas foram se acomodando, sentados ou deitados, aguardando alguma sinalização. Ficaram agendadas as visitas para alguns gabinetes. A grande preocupação é quanto os efeitos danosos da portaria 303, e da PEC 038, que tramita no senado e que pretende tirar a decisão sobre a demarcação das terras indígenas do poder executivo e submetê-lo aos senadores. O que significaria a inviabilização das terras indígenas.
Egon Heck
Cimi 40 anos, regional GOTO, 30 de agosto de 2012
De: CIMI

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

FUNCIONALISMO PÚBLICO - CONDSEF ACOMPANHA ACORDOS DE SUA BASE COM O GOVERNO

A Condsef passou essa quarta-feira no Ministério do Planejamento buscando fechar os termos de acordo das categorias de sua base que aprovaram por maioria as propostas apresentadas pelo governo. Assim que concluídos e digitalizados, todos os termos assinados serão disponibilizados aqui em nossa página. Até agora, servidores do Incra, Dnit e Agências Reguladoras são setores da base da Condsef que disseram não às propostas do governo. Os servidores que acataram as propostas terão reajustes que giram em torno de 15,8%, escalonados em três anos. Os valores serão aplicados nos contracheques em janeiro de cada ano. Fica assegurada a continuidade das negociações com as categorias da base da Condsef. Uma das principais reivindicações segue sendo a equiparação salarial dos servidores do Executivo com a tabela criada pela Lei 12.277/10. As categorias que acataram proposta e estavam em greve também aprovaram o retorno ao trabalho a partir desta segunda-feira, 3 de setembro. A Condsef segue buscando assegurar ainda que sejam devolvidos integralmente os salários daqueles servidores que tiveram seus pontos cortados.

A Condsef também busca a consolidação de um reajuste nos benefícios pagos aos servidores do Executivo, como auxílio-alimentação e plano de saúde. No caso dos benefícios não se aplica a obrigatoriedade legal de envio de projetos de lei ao Congresso Nacional – com previsão orçamentária para 2013 – até 31 de agosto. Por isso, a concessão de reajustes em benefícios pode ser dada a qualquer tempo. A Condsef espera que ainda este ano haja aplicação de algum percentual de reajuste na melhoria desses valores, bastante defasados no Executivo. Sobre o dia 31 de agosto como limite para envio de projetos ao Congresso, é intenção da Condsef buscar a alteração desta data que acaba influenciando no alcance de consensos nas mesas de negociação. Para isso a Condsef busca uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia.

Apesar da volta ao trabalho da maioria dos servidores da base da Condsef, a mobilização da categoria vai continuar. Já no dia 5 de setembro, próxima quarta, a Condsef e suas filiadas participam de um Dia Nacional de Lutas em defesa dos trabalhadores convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A luta pelo atendimento das reivindicações que o governo não conseguiu atender vai permanecer firme. “A Condsef acredita que o cenário de crise, alegado pelo governo como obstáculo no processo de negociações, não durará para sempre”, destaca Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef. “Num cenário mais propício é possível alcançar as melhorias de que o setor público e a população tanto necessitam. A luta por melhores dias vai continuar”, concluiu Costa.

De: CONDSEF

JUSTIÇA GRATUITA NÃO EXCLUI HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, DIZ SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ


O Superior Tribunal de Justiça decidiu que a Justiça gratuita não impede o pagamento de honorários advocatícios em contratos de risco, no qual o profissional só recebe se for vitorioso no processo.

O Superior Tribunal de Justiça decidiu que a Justiça gratuita não impede o pagamento de honorários advocatícios em contratos de risco, no qual o profissional só recebe se for vitorioso no processo. A Corte julgou recurso em ação movida por advogado contra seu cliente. De acordo com os autos, o contrato firmado entre as partes ocorreu de forma verbal, mas após o êxito no processo o cliente não pagou o combinado. O cliente admitiu a prestação de serviços, mas alegou ser beneficiário da justiça gratuita, prevista na Lei 1.060/50, e, por isso, estaria isento dos honorários e outros custos judiciais.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

APOIO À CAUSA INDÍGENA CONTRA A PEC 215





EU APOIEI E APOIO ...

Nº 5401 - CARLOS ALBERTO PASSINHA SIMÕES - FUNCIONÁRIO PÚBLICO - BRASIL

É CLARO QUE APOIO A CAUSA INDÍGENA, POIS AO RESPEITAR O REAL SANGUE BRASILEIRO, NATURAIS DESTA TERRA TÃO AGREDIDA PELOS BRANCOS COMO EU, NEGROS, ASIÁTICOS E TODA SORTE DE COR DE PELE, COMEÇO ACREDITAR QUE SÓ DEVERIA EXISTIR UM CONCEITO DE RAÇA - A RAÇA HUMANA. NÃO OBSTANTE, HÁ UMA DÍVIDA DA CIVILIZAÇÃO, DA SOCIEDADE BRASILEIRA COM ESTES NOSSOS IRMÃOS, OS PRIMEIROS FILHOS DESTA TERRA BRASIL, ENTÃO, POR QUE NÃO COMEÇAR A CORRIGIR DE AGORA?
UM GRANDE ABRAÇO, IRMÃOS DA TERRA !!!
CARLOS PASSINHA

terça-feira, 28 de agosto de 2012

FUNCIONALISMO PÚBLICO - BASE DA CONDSEF RETORNA AO TRABALHO APÓS FECHAR ACORDO COM O GOVERNO, MAS A LUTA CONTINUA COMPANHEIROS!!!

Por ampla maioria, servidores de pelo menos 18 categorias da base da Condsef aprovam proposta do governo e retomam atividades a partir de segunda, 3. Acordo deve ser assinado até sexta. Condsef busca devolução integral de pontos cortados


Cerca de 135 delegados sindicais representando servidores de pelo menos 18 categorias da base da Condsef em todo o Brasil aprovaram por ampla maioria proposta que autoriza assinatura de acordo com o governo e vota fim da greve. Retorno ao trabalho desses servidores está previsto para segunda, 3 (Foto: Graziela Almeida / Imprensa Condsef)Nesta terça-feira, dia em que completa 22 anos, a Condsef promoveu uma plenária nacional com representantes de pelo menos 18 categorias de sua base de todo o Brasil. Por ampla maioria, os servidores aprovaram proposta apresentada pelo governo que concede reajuste (R$1.000-NS; R$930-NI; R$630-NA) inseridos na gratificação de desempenho - escalanados em três anos. A proposta atinge pelo menos 510 mil servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas. Nesse cenário estão compreendidas categorias que representam a maioria dos servidores do Executivo e fazem parte do PGPE (Plano Geral de Cargos do Poder Executivo) – que possuem servidores lotados em todos os ministérios e autarquias, CPST (Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho) – que engloba também servidores da Funasa – além das carreiras correlatas. Carreiras correlatas compreendem categorias que possuem tabelas similares ou bem próximas à realidade salarial do PGPE e CPST – que possuem as menores tabelas do Executivo. Entre elas podemos citar Cultura, Fazenda (PECFAZ), Imprensa Nacional, SPU, HFA, Embratur, AGU/DPU, administrativos da PRF, Integração Nacional, Funai (categorias não citadas devem observar se estão inseridas no PGPE ou CPST e, portanto, estão contempladas pelo acordo). O acordo para esses setores deve ser assinado até sexta e a volta ao trabalho dessas categorias acontece a partir de segunda, dia 3 de setembro.

A Condsef foi hoje ao Planejamento comunicar ao governo a aceitação da proposta desses setores de sua base. A entidade aproveitou a oportunidade para cobrar ainda a devolução integral e imediata dos pontos cortados pelo governo. Está neste grupo a maioria dos servidores atingidos pela determinação da presidenta Dilma, que chegou a cortar 100% do salário de alguns trabalhadores. Paralelo a este debate no Planejamento, a assessoria jurídica da Condsef teve também hoje uma audiência com o ministro Marco Aurélio, relator no STF (Supremo Tribunal Federal) de ação protocalada pela Condsef e outras entidades sindicais que pede a suspensão imediata do corte de ponto que prejudica milhaServidores do Ministério da Saúde, que estão entre os que tiveram 100% do ponto cortado pela presidenta Dilma, fazem protesto simbólico solicitando apoio para um fundo de caixa para quem está até agora sem confirmação do salário do mês (Foto: Graziela Almeida / Imprensa Condsef)res de servidores, impedindo seu sustento familiar.

Além desses setores que aceitaram a proposta e representam a maioria dos servidores que mantém uma greve geral em todo o Brasil, outros setores da base da Condsef já autorizaram a assinatura de acordo com o governo. Entre eles estão servidores da Area Ambienta (Ibama, Instituto Chico Mendes e Ministério do Meio Ambiente) e servidores do INPI. A Condsef ainda aguarda resposta sobre aceitação de proposta de outros setores de sua base como Agências Reguladores, Tecnologia Militar, Inep/FNDE e Instituto Evandro Chagas. Até agora, a única categoria da base da Condsef que oficialmente disse não à proposta do governo e mantém tratativas no Planejamento é a dos servidores do Incra. A entidade continuará dando todo suporte à luta dos companheiros. Essa semana é o prazo limite para reportar respostas dos trabalhadores ao governo. 

Garantias para assinar acordo – Os servidores que aprovaram as propostas do governo aceitaram a formalização de acordos que garantam a continuidade das negociações que buscam a equiparação salarial com a tabela criada pela Lei 12.277/10. A lei abrange cinco cargos de nível superior do Executivo (Engenheiro, Estatístico, Arquiteto, Economista e Biólogo). A Condsef também busca a consolidação de um reajuste nos benefícios pagos aos servidores do Executivo, como auxílio-alimentação e plano de saúde. Apenas no caso específico dos benefícios não se aplica a obrigatoriedade legal de envio de projetos de lei ao Congresso Nacional – com previsão orçamentária para 2013 - até 31 de agosto. Por isso, a concessão de reajustes em benefícios pode ser dada a qualquer tempo. A Condsef espera que ainda este ano haja aplicação de algum percentual na melhoria desses valores, bastante defassados para os servidores do Executivo. Sobre o dia 31 de agosto como limite para envio de projetos ao Congresso, é intenção da Condsef buscar alteração desta data que acaba prejudicando o alcance de consensos nas mesas de negociação em curso. Para isso, a Condsef está buscando uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia.

Apesar da volta ao trabalho da maioria dos servidores da base da Condsef, a mobilização da categoria vai continuar permanente. Já no dia 5 de setembro, próxima quarta-feira, a Condsef e suas filiadas participam de um Dia Nacional de Lutas em defesa dos trabalhadores convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A luta pelo atendimento das reivindicações que o governo ainda não conseguiu atender vai permanecer firme. “A Condsef acredita que o cenário de crise, alegado pelo governo como dificultador do processo de negociações, não durará para sempre”, destaca Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef. “Num cenário econômico mais propício é possível, sim, alcançar as melhorias de que o setor público tanto necessitam para assegurar atendimento públicos de qualidade a população brasileira. Para isso, nossa categoria continuará permanentemente alerta. A luta por dias melhores continua”, concluiu.

De: CONDSEF

DIRETO AO ASSUNTO - EM PRIMEIRA MÃO

Companheiros (as),
 
 
A primeira - trata da aprovação no Congresso Nacional do maior projeto de defesa deste nosso órgão IBGE, conforme dito anteriormente neste blog, criado por 03 membros do BASTA! 

Agora, a Mesa trabalhará na Redação Final do Projeto que visa somente o aspecto ortográfico e logo após será encaminhado ao Plenário da Câmara para sua aprovação (simples formalidade), para então seguir à Sanção Presidencial.

A LUTA CONTINUA COMPANHEIROS(AS) !!!

Acompanhamento de Proposições Brasília, terça-feira, 28 de agosto de 2012

Prezado(a) Assinante,
Informamos que as proposições abaixo sofreram movimentações.

  • PL-06127/2009 - Inclui, entre os servidores que desenvolvem atividades exclusivas de Estado, os servidores do Plano de Carreira e Cargos da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

- 27/08/2012
Ofício SGM-P 1549/2012 à CCJC encaminhando este projeto para elaboração da Redação Final, nos termos do Artigo 58, §4 e Artigo 24, II, do RICD.

- 27/08/2012
Encaminhado à CCP


a segunda, trata da aventura e natural desespero de um perdedor.

Vejam abaixo – o que é público – a resposta da Justiça.


Processo No 0351908-35.2011.8.19.0001

TJ/RJ - 28/08/2012 08:38:27 - Primeira instância - Distribuído em 30/09/2011 

Comarca da Capital 23ª Vara Cível - Cartório da 23ª Vara Cível
Endereço: Erasmo Braga   115   sala 301 B - Bairro: Castelo
Cidade: Rio de Janeiro
Ofício de Registro: 4º Ofício de Registro de Distribuição

Ação: Eleição / Associação

Assunto: Eleição / Associação

Classe: Procedimento Ordinário

Autor - SIDNEY VICENTE DA SILVA 

Réu - ASSIBGE - SINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA 

Advogado(s):
RJ161445  -  ALEXANDRE SOUTO CARVALHO
RJ051354  -  ALVARO RANGEL DE CARVALHO
RJ064204  -  ARÃO DA PROVIDENCIA ARAÚJO FILHO

Tipo do Movimento: Recebimento
Data de Recebimento: 27/08/2012

Tipo do Movimento: Sentença - Julgado improcedente o pedido
Data Sentença: 27/08/2012

Descrição: Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS(ver íntegra)

“JUÍZO DE DIREITO DA 23ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL PROCESSO Nº: 0351908-35.2011.8.19.0001 SENTENÇA Trata-se de ação ordinária ajuizada por SIDNEY VICENTE DA SILVA contra ASSIBGE - SINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA ao argumento de que é associado do réu; que em 03/06/2011 foi publicada convocação para as eleições gerais da ré; que em 29/06/2011 foi eleita a comissão eleitoral local composta por funcionários do IBGE; que em 03/07/2011 foi encerrado o prazo para a inscrições das chapas para a eleição sindical; que foram inscritas duas chapas a ´ousar sempre´ e a ´basta´; que a primeira chapa foi impugnada pela segunda; que ao final do dia 04/08/2011 dia dos trabalhos eleitorais a chapa ´basta´ também se tornou inelegível; que em 25/08/2011 foi convocado novo escrutínio com participação única da chapa ´basta´; que apesar de ter sido solicitada a lista de votantes até a data da distribuição da ação a mesma não era conhecida; que a homologação do resultado do pleito eleitora com a chapa ´basta´ violou o Estatuto Social; que há notícia de que a posse da chapa vencedora se dará antes do término do mandato da atual administração; requer em sede de antecipação de tutela a suspensão dos efeitos jurídicos das eleições realizadas para a coordenação do núcleo Parada de Lucas, determinando a eleição de junta governativa provisória que no prazo de 30 dias deverá convocar novas eleições para a coordenação do núcleo Parada de Lucas e exercer as atribuições da comissão eleitoral que nas hipóteses de omissão deverá decidir por analogia; que seja suspensa a posse da chapa ´basta´; a declaração de nulidade de todo e qualquer ato do réu e de suas comissões eleitorais e a nulidade do pleito eleitoral sindical da ré para coordenação do núcleo sindical Parada de Lucas de 2011. Inicial instruída com os documentos de fls. 09/55. Emenda à inicial às fls. 59/60 para incluir pedido no sentido de suspender os efeitos jurídicos do escrutínio dos dias 29/30/e 31 de agosto de 2011 e da proclamação dos resultados e da posse da chapa única eleita. Juntou os documentos de fls. 61/103. Emenda em peça única às fls. 105/112 recebida às fls. 113, ocasião em que foi indeferido o pedido de antecipação de tutela e deferida a gratuidade ao autor. Contestação ás fls. 115/123 arguindo a necessidade de formação de litisconsórcio ativo com o Núcleo Sindical de Parada de Lucas e a inépcia da inicial; no mérito afirma que a chapa ´basta´ foi eleita vencedora e tomou posse após recurso à Comissão Eleitoral Nacional que decidiu à luz do Estatuto; que o autor fez uma campanha para abstenção dos associados nos pleitos eleitorais; que a intenção do autor é tumultuar os trabalhos; que o autor usa da estrutura do núcleo sindical em proveito próprio; que o autor pretende com a presente se perpetuar de forma ilegal na coordenação do núcleo; que a chapa ´basta´ embora tenha apresentado um candidato não filiado ao sindicato, estava completa em termos numéricos, e por isso, a exclusão do candidato não a tornou incompleta; que o sindicato possui autonomia constitucional para se organizar; que o autor pretende através da presente inviabilizar a atuação sindical; requer o acolhimento das preliminares ou a improcedência dos pedidos. Juntou os documentos de fls. 124/186. ´Réplica´ às fls. 193/194. Instados a se manifestarem em provas o réu assim o fez às fls. 196 requerendo a produção de prova oral e o autor quedou-se inerte, tal como se vê de fls. 198. O réu foi instado a esclarecer o seu pedido de prova oral, mas silenciou-se, como se vê de fls. 200. Vieram-me os autos conclusos. É o Relatório. Decido. Rejeito a preliminar de inépcia, tendo em visto que a inicial preenche os requisitos legais do art. 282 do CPC, sendo certo que não se apresentou ao réu qualquer prejuízo na apresentação e sua defesa. Da mesma forma rejeito o requerimento de formação de litisconsórcio necessário, tendo em vista que a pretensão do autor deve ser dirigida apenas e tão somente à entidade ré, titular do pleito eleitoral que ele pretende ver anulado. O pedido de prova oral, igualmente, deve ser indeferido, na medida em que a hipótese controvertida restringe-se à questão de direito, qual seja a legalidade ou não do pleito eleitoral de acordo com o Estatuto Social do réu. Portanto, absolutamente desnecessária a produção de prova em audiência. O autor pretende a anulação de eleição ocorrida no sindicato réu, sob a alegação de que foram desrespeitadas as regras contidas no Estatuto e violadas regras legais aplicáveis. Aduz que a chapa vencedora ´Basta´ possuía candidato não associado ao sindicato e que a decisão da Comissão Eleitoral Nacional, em grau de recurso, não poderia ter validado a eleição, decisão que, segundo o autor, afronta o Estatuto e as normas legais vigentes. O autor é filiado do sindicato réu e, de fato, tal como afirmado por este último, distribuiu aos demais associados a carta de fls. 38 incentivando a abstenção. Atitude lamentável seja pelo fato de que o pleito eleitoral é a forma democrática de se conviver em comunidade, seja pelo fato de que vivemos todos, em um estado democrático de direito onde o voto é maneira mais segura que cada de nós possui de exercer a cidadania. A presente ação não merece prosperar. E digo isto porque não há nada nestes autos que revele qualquer ilegalidade na condução do pleito eleitora do réu. Como bem colocado pelo sindicato em sua peça de defesa a Constituição da República garante aos sindicatos no seu art. 8º a autonomia de organização e gestão, sendo oportuno registrar que ninguém é obrigado a associar-se ou a manter-se nesta condição. Por outro lado e corroborando a regra constitucional o Poder Judiciário somente pode analisar a ocorrência de lesão ou ameaça de lesão à direito subjetivo, sem que caiba a ele imiscuir-se na organização e funcionamento dos sindicatos. A atuação do poder Judiciário ocorrera apenas e tão somente para afastar ataques as regras constitucionais ou legais. No caso dos autos, o autor não demonstrou o fato constitutivo do seu direito na forma como lhe impõe o art. 333, I do CPC, eis que ausente qualquer indicativo de que o réu através de sua Comissão Eleitoral Nacional ou através de qualquer outro órgão tenha descumprido a Constituição da República, as leis o Estatuto. É verdade que apenas o filiado ao réu pode votar e ser votado, segundo demonstra o disposto nos arts. 6º e 36 do estatuto. Da mesma forma as chapas devem estar completas para que possam submeter-se ao pleito eleitoral, nos termos do arts. 27 e 37, § único. Não se demonstrou qualquer irregularidade quanto ao quórum da eleição que registre-se está disciplinado no art. 41 do estatuto, sendo de se afastar a alegação do autor de que o documento é omisso neste ponto. Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS e, em consequência, extinto o processo, na forma do art. 269, I do CPC. Condeno o autor ao pagamento das custas e honorários advocatícios que arbitro em R$ 1.000,00 (um mil reais), na forma do art. 20, § 4º do CPC. Transitada em julgado, certifique-se. Após, dê-se baixa e arquive-se. P.R.I. Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2012. ANDREA QUINTELA JUIZ DE DIREITO.”
 
OBSERVAÇÃO:
 
Geralmente, em uma contenda contamos com posicionamento parcial do insigne julgador sobre a formulação de pedidos. Neste caso em especial, nota-se a rejeição a todos, estendendo total razão à chapa vencedora - BASTA!, que sequer fora convocada pelo autor para participar da controvérsia jurídica, mas auxiliou a Executiva Nacional oferecendo todos os documentos necessários e comprobatórios ao assunto em tela. Acreditamos que tal esquiva, deva-se somente ao receio de nova derrota, agora em outros cenários.
 
Outro aspecto ainda da SENTENÇA que salta aos olhos e que é muito importante no contexto da eleição ocorrida, trata das considerações da própria julgadora que debruçou sobre as lâminas do processo e externou:
 
" ... O autor é filiado do sindicato réu e, de fato, tal como afirmado por este último, distribuiu aos demais associados a carta de fls. 38 incentivando a abstenção. Atitude lamentável seja pelo fato de que o pleito eleitoral é a forma democrática de se conviver em comunidade, seja pelo fato de que vivemos todos, em um estado democrático de direito onde o voto é maneira mais segura que cada de nós possui de exercer a cidadania."
(grifo nosso)
 
Realmente é triste apelar para tal dispositivo, quando todos conhecem bem as razões da impugnação da chapa que participava o autor - PURA INCOMPETÊNCIA, pois foram impugnados pelos mesmos motivos para a eleição do Núcleo de Lucas, e também, para a disputa das eleições dos cargos da Executiva Nacional.
 
Então .... choram por quê ?????
 
Aguardem ... , pois outras derrotas desses perdedores virão em breve.
 
"Errar é humano, mas quando a borracha se gasta mais do que o lápis, você está positivamente exagerando."
(J. Jenkis)

 Um grande abraço a todos(as) !
 
Até o fim da GREVE .
 
CARLOS PASSINHA
 

Relatório corrigido da reunião com o Governo (24/8) e indicativos da ASSIBGE-SN/CNG

Realizada com a presença, do Secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, a Secretária Adjunta, Marcela Tapajós, a Diretora da Secretaria, Dra. Edina e o técnico da Secretaria de Gestão, Antônio. Da parte do IBGE, o Diretor Executivo, Nuno Bittencourt, o Adjunto, Fernando Abrantes e os assessores da DE, Antônio Fernando e Franklin.

Nesta reunião o governo apresentou a proposta de tabela salarial, e passou a palavra ao Diretor Executivo do IBGE, que fez a explicação dos impactos em cada nível e nas totalizações para três anos. A proposta está inserida na seguinte lógica:

1 – Aumento de 15,76% na folha do IBGE, em três anos, o que representa algo em torno de 157 milhões (segundo os dados do IBGE) com a equalização das tabelas salariais de C&T, Fiocruz, Inmetro e INPI (todas as oriundas de C&T).
2 – Além disso, a incorporação de 20% da GDIBGE aos servidores de NI e NS, fora dos 15,76%, reconhecendo que em 2012, Fiocruz, Inmetro e C&T já tiveram esse direito e os servidores do IBGE ficaram de fora;
3 – Conceder o direito a novas GQs para servidores de NI, em modelo igual a C&T, ou seja, para 180, 250 e 360 horas, também fora dos 15,76%, uma vez que C&T e Fiocruz já tem esse ganho e que a saída da carreira significou perda de duas titulações para NI (na época, mestrado e doutorado).
4 – Como os salários finais dessas carreiras serão similares, as construções das propostas ocorreram em conjunto com os técnicos de gestão e com os Dirigentes destes órgãos e as reuniões com as entidades sindicais, ocorreram todas no dia 24/8.
5 – No caso do IBGE e INMETRO, diferente das outras carreiras chamadas co-irmãs, as opções foram de garantir um Vencimento Básico e Gratificações de desempenho maiores que titulações. Do IBGE, especialmente a GD é proporcionalmente grande. No caso de C&T, Fiocruz maior titulação.

Neste momento o CNG questionou o governo sobre a proposta apresentada, como por exemplo, do porque não constar na tabela as novas GQs II e III para aposentados. O técnico da Gestão disse que eram novas e que na sua interpretação os aposentados não teriam direito. Que a natureza da GQ é para o ativo e quem a partir de agora, com ela se aposentar. O CNG rebateu a informação e apreciação do técnico, pois quando viemos da carreira de C&T todos os aposentados foram enquadrados nas titulações (GQ e RT) e na mudança de carreira, em 2006 também. Até mesmo os que não pertenciam à carreira (PCC, Sudene) receberam ativos e aposentados as titulações. Marcela Tapajós disse que o entendimento é que teria direito a I, mas as duas novas não. Depois de nossa insistência e explicações que isso está errado e não aceitaremos essa discriminação, disse que também não é do interesse do governo ter questionamentos judiciais sobre a questão e neste sentido, fariam uma avaliação e consulta técnica e jurídica, para nos posicionar. O CNG também propôs a redução dos prazos para pagamento desta proposta em duas parcelas, mas o Secretário disse que era política de governo manter em três anos. O CNG propôs aumentar os valores para nos contemplar de melhor maneira, pois a inflação já corroeu os salários em 18% e que 30% dos técnicos saíram da instituição e ele disse que não era possível.

O CNG, então propôs que tivéssemos algumas cláusulas no acordo, relacionadas a nenhuma punição aos trabalhadores que fizeram a greve, sejam eles ativos, temporários ou que exerçam função gratificada. Nuno disse que não abria mão de processo disciplinar sobre abusos cometidos na greve, como empurrões.  O CNG contestou essa postura e ainda propôs cláusula no acordo que havendo melhorias econômicas, voltaríamos a negociar. Sérgio Mendonça disse que não aceitaria essa cláusula, nem para ASSIBGE, nem outra entidade. Que esse compromisso não poderia assumir. Mas que se melhorar, haverá as mesas permanentes para reavaliar. OCNG propôs fazer uma agenda para discutir outros pontos de pauta (penosidade, insalubridade, servidores de 2001/2002, de 2006, saúde do trabalhador, e outros pontos da carreira, etc.). Sérgio disse que se não tiver relação com orçamento de salários, as reuniões serão marcadas, após o fechamento destas negociações.

O CNG propôs que o compromisso da regulamentação da GQ para setembro (decreto da atual GQ) seja parte do acordo escrito e também das novas. O Secretário disse que vão constar. Ao final o Secretário falou que analisássemos a proposta, perguntou se tínhamos assembléias marcadas e marcou para voltarmos na terça-feira, dia 28/8 às 14horas.

O CNG questionou sobre os benefícios (saúde, alimentação e creche) e o Secretário disse que até o dia 31/8 se reunirá com o Fórum das entidades dos SPFs para falar da cesta de benefício e que isso terá possibilidade, pois a verba é de custeio (diferente de salários).

Sobre o corte de salários e reposição dos trabalhos

Sérgio Mendonça esclareceu que haverá dois acordos, um salarial e outro dos dias parados, que serão independentes. Que o governo mandou descontar os salários a serem recebidos no segundo dia útil e que a posição do governo é devolver 50% do salário descontado com o fim da greve e assinatura de acordo. Mas, no caso do IBGE, haverá uma posição diferenciada com a devolução de 80%, no dia 5/9, com o fim da greve e assinatura do acordo na terça-feira e os outros 20% ficarão pendentes da assinatura do segundo acordo, de reposição de trabalho. Caso não seja assinado esse segundo acordo, a devolução dos 20% restantes ficará condicionada ao final da reposição dos trabalhos.

Mas, se os dois acordos forem assinados simultaneamente, devolverão tudo no dia 5/9. Sérgio Mendonça explicou que estava com autonomia para negociar junto ao IBGE a questão da reposição ao trabalho e passou a palavra para o Diretor Executivo explicar: Nuno disse que a proposta é repor os trabalhos até o final de outubro, trabalhando uma hora a mais por dia e oito sábados seguidos, para quem fez 40 ou mais dias de greve. Para dias inferiores, apenas colocar os trabalhos em dia. Nas agências o prazo para colocar os trabalhos em dia será até o final de outubro, com horário flexível, mas se não for colocado em dia, até o final de outubro, os salários serão descontados, proporcionalmente. O CNG manifestou sua discordância com as medidas punitivas e propôs que colocássemos o trabalho em dia, pois cada setor saberá avaliar a necessidade de tempo. Consideramos que esta postura em nada contribui para que no retorno da greve, tenhamos um retorno propositivo, e que contribui para uma imagem negativa da direção da empresa, já que fomos os únicos a ter salários descontados, conforme a própria mídia anunciou. Nuno então disse que vai aplicar em setembro a medida (“deve ser sócio educativa”) e depois poderá flexibilizar.

O CNG reafirmou sua posição de que os trabalhadores do IBGE, embora tenham hoje um controle de ponto eletrônico, com banco de horas, sempre trabalharam a noite, sábado, domingo e feriados, e nunca receberam hora extra por essas tarefas, que são da natureza do trabalho e, portanto há uma dívida histórica e ter punição, como fez a gestão anterior, que nos fez trabalhar aos sábados, mesmo não tendo trabalho (que foi colocado em dia), só contribui para o descontentamento da categoria com a Direção e aumento de gastos de infra-estrutura para o governo. Sérgio Mendonça disse que era possível uma negociação em melhor termo, visto que Nuno já anunciou a disposição de flexibilizar (neste momento a direção do IBGE foi embora, por problema de vôo) e ficou claro que a proposta veio da Direção do IBGE, pois outros órgãos estão negociando reposição de trabalho e não dias ou horas.

6 – Como foi feito o ajuste na tabela de NS
A – Nível Superior (2013)
1º - incorporação de 20% da GDIBGE ao VB
2º - reajuste de 5% no Vencimento Básico
3º - reajuste de 5% na GDIBGE
4º - reajuste na especialização e mestrado em 16,9%
5º - reajuste no doutorado em 5%

B – Nível Superior (2014)
1º - reajuste de 5% no VB e na GDIBGE
2º - reajuste na especialização e mestrado, 4,9%.
3º - reajuste no doutorado de 4,8%

C - Nível Superior (2015)
1º - reajuste de 5% no VB e na GDIBGE
2º - reajuste na especialização de 4,9%
3º - reajuste no mestrado de 5%
4º - reajuste no doutorado de 4,9%
                          
7 – Como foi feito o ajuste na tabela para NI 
A – Nível Intermediário (2013)
1º - Somou as duas GDIBGE de NI, a menor (de quem não tem gratificação de qualificação) e a maior (para quem tem) e calculou o valor médio;
2º - incorporou 20% da GDIBGE ao VB
3º - reajuste de 5% no VB
4º - reajuste de 5% na GDIBGE
5º - Construiu a GQ I com o valor atual (que no final de carreira é R$ 279,00), com a sobra da GDIBGE maior (que foi recalculada pela média e diminuiu), restando, no final de carreira R$ 238,00 e aplicou 13%.
Exemplo – GDIBGE do final de carreira (com GQ) – R$ 1.866,00
       -  GDIBGE do final de carreira (sem GQ) - R$ 1.390,00
        -  Valor pela média da GDIBGE............  - R$ 1.628,00 (desse valor, incorporou 20% no VB).
         -  GQ I (180h) é igual à soma do valor da atual GQ, cujo valor é R$ 279, 00, somado a diferença entre a maior e menor GQ, cujo valor é R$ 238,00 (no final de carreira), e aplicando 13% :      Exemplo:
279,00 + 238,00 = 517,00 + 13% = 585,17
6º - Criou GQ 2 e GQ 3 (250 e 360 horas)

B - Nível intermediário – (2014)
1º - reajuste no VB em 5%
2º - reajuste na GDIBGE em 5%
3º - reajuste nas Gratificações de Qualificação em 5%

C - Nível intermediário – (2015)
1º - reajuste no VB em 5%
2º - reajuste na GDIBGE em 5%
3º - reajuste nas Gratificações de Qualificação em 5%

AVALIAÇÃO DO CNG

1 – Consideramos vitoriosa a luta dos trabalhadores do IBGE e dos demais servidores federais, que numa resistência impar, fizeram o governo recuar da política de não conceder reajustes para a categoria, negando o aumento linear e qualquer aumento salarial. Durante a greve, iniciada pelos professores universitários, o governo mudou o discurso para apresentar proposta para eles e para os militares, mas mantendo uma postura dura. Mandou cortar os salários, substituir grevistas por servidores dos estados, municípios ou temporários e ainda contou com o apoio do STJ, em suas decisões contrárias aos servidores, mandando descontar os dias, baseado na legislação de greve da iniciativa privada. Além disso, Dilma chamou os grevistas de sangues-azuis, alegando que tem altos salários e o Ministro da justiça nos ameaçou com inquéritos administrativos. Mas o funcionalismo não recuou os ibgeanos, apesar do corte de salários, não recuaram e mais categorias se mobilizaram e foram para a luta, como algumas que em geral não se manifestam como a ABIN, Itamarati e policiais federais. Isto fez com que o governo mudasse seu discurso, que era jogar duro com servidores, com matérias na imprensa, com apoio da mídia, do empresariado para não ceder a pressões. Neste mês de agosto, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega afirmava que “com o agravamento da crise econômica internacional e o possível impacto na economia brasileira, o governo não pretendia conceder nenhum aumento aos servidores. Que a política era fortalecer o ajuste fiscal e as despesas sob rígido controle e nenhum gasto de qualquer natureza”. Conseguimos fazer frente a tudo isto e o governo teve que apresentar a proposta para todas as categorias de 15.76% sobre as folhas de pagamento de cada órgão, para três anos, o que significou furar o bloqueio do orçamento e conquistar reajustes (ainda que pequenos);

2 – Nossa perda salarial neste ano deve atingir os 18%,e, portanto os 15,76%, ao longo de três anos para frente, não repõe as perdas atuais e apenas cobre a perspectiva inflacionária dos três próximos anos. Assim, o percentual é insuficiente e não coloca para o IBGE um patamar salarial da importância estratégica que temos.
Neste sentido, sabemos que 30% dos concursados saíram da instituição, no último período, tanto de NS ou NI em busca de salários maiores e melhores condições de trabalho e, portanto isso ainda é uma possibilidade que está apontada para os próximos anos, infelizmente.

3 – Do conjunto do funcionalismo, apenas a universidade e escolas técnicas receberão reajustes acima dos 15,76% e essa opção de governo está ligada a forte greve e a política de melhorias dos salários da educação.

Essa política de concessão de 15,76% também não agradou aos setores que ganham menos no funcionalismo (Ministérios, Funasa, Incra, Ibama, PGPE etc.), que esperavam do governo percentuais maiores, pois o governo tinha o discurso de maiores reajustes para os que ganham menos. Estes setores são ligados sindicalmente a Condsef (base cutista). Isto fez com que a CUT, que a princípio não queria apoiar a greve dos federais, tivesse que sair as ruas para as passeatas, depois de tantos anos de ausência e até mesmo assinasse a denúncia na OIT contra o decreto 7.777 e ADIN no STF (substituição dos grevistas), o que irritou muito o governo.

4 – Do ponto de vista da nossa proposta, ao mesmo tempo em que o governo retomou o discurso de equalização das carreiras oriundas de C&T, colocando por terra o que dizia a direção anterior do IBGE, de que a saída da carreira nos colocaria em melhores condições salariais, que continuar diluído em 40 mil servidores que pertenciam à carreira, observamos que para os servidores de NI, a saída da carreira de C&T, trouxe perdas, tanto de salários (reajustes foram muito inferiores), como a perda de três gratificações de qualificação (era 180h, mestrado e doutorado). Neste sentido, a criação das três GQs, é ao mesmo tempo um ganho e uma reparação da política que foi aplicada a esse setor. Contribui para minimizar o chamado fosso salarial, retomando salários imediatamente abaixo, da tabela de salários dos servidores de NS, pelo menos para os que conseguirem/tiverem cursos de 250/360h. No entanto, avaliamos que mesmo tendo reajustes nas GQs, a maior parte da categoria tanto ativos como aposentados, será posicionado na GQ-I. Pela lógica do governo somente os servidores em atividade  teriam direito a GQ–II e GQ–III, o que significa a menor quantidade de servidores de  do segmento de NI.  Entendemos  que é um incentivo para os novos concursados no IBGE, mas o percentual a ser atingido é pequeno e ainda excluem os aposentados.

Portanto, estamos com uma pendência importante na negociação, visto que o governo não quer reconhecer o direito dos servidores aposentados, que em atividade, tenham realizado cursos de 250 ou 360h, ou tenham formação superior. Este é um ponto fundamental para se garantir, pois tanto no comitê de carreira, como nos enquadramentos anteriores foram considerados e este direito está assegurado para Fiocruz e C&T. Esta é uma questão primordial para que o acordo seja assinado.
O direito a essas novas modalidades de GQs, ainda estará pendente de regulamentação, e esperamos que seja por ato do Conselho Diretor do IBGE, de acordo com os critérios estabelecidos pelo comitê de carreira, conforme já foi discutido com a SRT/MPOG. Essa preocupação é muito importante, porque há quatro anos aguardamos a regulamentação da atual GQ (360h), que o governo não fez e aguarda decreto, previsto para setembro e sem o direito de retroatividade. Então, amarrar isto no acordo é importante para não termos um direito assegurado em lei, e sem o recebimento por falta de regulamentação.

5 – Quanto ao recebimento das RTs para o nível superior, cabe esclarecer que as especializações e mestrados, sofrerão reajuste em 2013 de 16,96% e 5% nos anos consecutivos, mas é importante lembrar que os salários finais estão equalizados para a Fiocruz, C&T, INPI e INMETRO e, portanto cada órgão fez uma opção em termos do peso do VB, GD e RTs.

No caso do IBGE, a valorização maior é do VB e GD e menos na titulação. No caso do INMETRO, é maior no VB e GD e ainda menor na titulação. Já na Fiocruz e na carreira de C&T, a opção é diferente, com VB e GD menores e mais titulação, especialmente para doutores.

Portanto, a bandeira de reorganizar as RTs de especialização e mestrado, objeto de discussão no comitê de carreira e também no CNG em Brasília, foi parte dos debates, para que tivessem majoração diferente do doutorado (por isso os 16,96%). O problema de uma melhor configuração está inserido no contexto da opção de maior VB e GD e das restrições impostas nesta negociação.

6 – Não é possível fazer comparações entre os valores de GQs e RTs, uma vez que o que foi ganho em termos de GQ 2 e 3, representa 75% do que já ganham os servidores de C&T e que o comparável é o salário final e não as RTs com GQs, isoladamente. Outro ponto importante para os novos servidores de Nível Superior será a diminuição dos prazos para progressão e promoção na Carreira, nos moldes da carreira de C&T.

7 – Vale a pena conferir as tabelas e opções das outras entidades para verificarmos, ou constatarmos que os ganhos finais para INPI e IBGE foram maiores, para assegurar o que não conseguimos neste ano (incorporação de 20% da GD e GQs). No caso, dos servidores de NI do INMETRO não estão previstos novos níveis de GQs.

8  – Os ganhos até 2015 ficarão assim:
-NI sem GQ – ganho de 22%
-NI com GQI – ganho de 16,6%
-NI com GQ II – ganho de 28,35%
-NI com GQ III - ganho de 50,71%
-NS sem RT – ganho 15,6%
-NS especialização – ganho 16,3%
-NS mestrado - ganho 16,9%
-NS doutorado – ganho 15,6%

9 – Em relação à gestão, a vitória fica por conta de que finalmente a direção do IBGE assume o compromisso da aplicação da lei de indenização de campo, a partir de janeiro de 2013, de modo a assegurar o entendimento de que será pago para a área rural do município sede e para outros municípios. O ponto negativo desta lei é que o governo, em função de auditoria no sistema Siape, suspendeu o pagamento aos temporários e o IBGE recorreu e este é um ponto importante de luta, que será mantido.

10 – Sobre os temporários, há um pequeno avanço em relação a que os aditamentos passem a ser ou tri ou quadrimestrais e isto teremos que fechar nesta segunda-feira, sendo que nos primeiros dois meses, será mensal. Os atuais temporários seriam contemplados desde já com a nova regra, a ser definida.

11 – Em relação aos pleitos de servidores de 2001/2002, 2006, não houve definição e será ponto de pauta para novas reuniões, a serem agendadas.

12 – Sobre o concurso, lamentamos que a Direção do IBGE não tenha feito o pleito de substituição integral da mão de obra temporária, por definição de intensificação da precarização, mas não temos dúvida de que a nossa greve, pautando este ponto nas entrevistas a imprensa, nas ações junto aos MPs, estão sendo decisivas para que as tais 1500 vagas saiam e as 500 de NS.

Indicativos às assembléias:

1 – O CNG considera uma vitória que o governo tenha apresentado reajuste aos servidores, e que nossa luta, foi extremamente válida e vitoriosa, quebrando a lógica de nenhum reajuste aos servidores, mas que os recursos são insuficientes, pequenos demais, frente à inflação e aos custos da alimentação, planos de saúde, remédios, impostos, escolas, etc.;
2 - O CNG indica que devemos condicionar a aprovação do acordo a que os aposentados sejam contemplados nas novas GQs II e III – ou seja, quando em atividade tenham realizados cursos com a carga horária exigida;
3 – O CNG exige explicações de onde foram alocados os recursos das GQs II e III que ficaram valendo 75% das GQs da carreira de C&T, e que no acordo, não faz parte dos 15,76%, proposto pelo governo;
4 – O CNG indica a não aceitação das punições aos participantes da greve, nem aos ativos, temporários ou pessoas que exercem cargos em confiança; Não aceitamos processos disciplinares!
5 – O CNG indica a rejeição da proposta de acordo apresentada pela direção do IBGE, de trabalhar oito sábados, e mais uma hora por dia até outubro, e propõe colocar os trabalhos em dia de acordo com a necessidade.
6 – O CNG indica que durante a assembléia estadual do Rio de Janeiro, haja uma reunião com a Direção do IBGE para tratar destes pontos, antes da reunião com o governo;
7 – Manutenção da greve no dia 28/8, aguardando os desdobramentos da reunião com o governo, que ocorrerá na parte da tarde  ( a princípio para 14 horas) e se marque assembléias na quarta-feira, dia 29/8 na parte da manhã para passar os informes e organizar o retorno a nível nacional.
8 - O CNG indica que as assembléias desta segunda-feira, deliberem pela  a assinatura do acordo  (de acordo com as avaliações realizadas em Brasília, no dia 24/8), caso essas proposições acima, sejam aceitas pelo IBGE/Governo, autoriza a assinatura do acordo, por entender que o fechamento da LOA será dia 31/08 e que somente acordos assinados constarão do Projeto do de Lei, segundo o Secretário de RT/MPOG, com retorno ao trabalho 24 horas após a assinatura.

Saudações Sindicais!
Lutar sempre vale a pena, quando a alma não é pequena!
Comando Nacional de Greve - 2012

De: ASSIBGE-SN

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

FUNCIONALISMO PÚBLICO - SERVIDORES EXIGEM DO GOVERNO PETISTA - RESPEITO!!!

Em todo o Brasil, Dia Nacional de Lutas nessa terça reuniu milhares de servidores que pressionam o governo pela apresentação de propostas à categoria (Foto: Graziela Almeida / Condsef)


Servidores federais de todo o Brasil protagonizaram nesta terça-feira mais um dia histórico na luta unificada da categoria pela valorização dos trabalhadores do setor e serviços públicos de qualidade para a população. Em todas as capitais onde há servidores em greve houve hoje manifestações que retratam não só a força da categoria como mostra que os servidores não vão desistir enquanto o governo da presidenta Dilma Rousseff não apresentar propostas às reivindicações mais urgentes do setor. Em Brasília (foto), milhares de servidores em greve marcharam na Esplanada dos Ministérios e fizeram paradas nos ministérios do Planejamento e Fazenda onde cobraram a abertura dos cofres não só para banqueiros e o empresariado, mas também para o atendimento emergencial aos servidores e melhorias e investimento para o setor público.

No Rio de Janeiro 10 mil servidores foram às ruas cobrar propostas do governo às demandas da categoria. Em Goiás os servidores fecharam a BR-153 também em protesto. O mesmo se repetiu em Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Manaus (AM), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Belém (PA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), em absolutamente todas as capitais do Brasil que estão com servidores em greve. Esta terça ficará gravada na história de lutas dos servidores.

Ontem, às vésperas da realização deste Dia Nacional de Luta, o Ministério do Planejamento anunciou o cancelamento de todas as reuniões que estavam agendadas com as entidades representativas dos servidores em greve. Alegando estar dialogando internamente para apresentar soluções às negociações em curso o Planejamento adiou a apresentação de respostas para a semana que vai de 13 a 17 de agosto. A decisão colocou os servidores em estado máximo de alerta já que o Executivo tem só até o dia 31 de agosto para enviar propostas com previsão orçamentária ao Congresso Nacional.

Para assegurar as respostas positivas que os servidores tanto anseiam a orientação da Condsef e do Comando Nacional de Greve continua sendo a do fortalecimento completo e total da greve. O cancelamento das reuniões no Planejamento e as incertezas que continuam pairando no processo de negociações com os servidores fez com que categorias que ainda não haviam aderido a greve aprovassem a paralisação por tempo indeterminado que segue cada vez mais forte. Na base da Condsef, mais de 26 categorias em 25 estados e no Distrito Federal estão em greve. E categorias como a dos professores universitários, técnicos das universidades, IBGE, entre outros, também seguem firmes na luta pela valorização dos servidores e serviços públicos.

Só falta vontade política As tratativas com o governo não têm sido fáceis. Quando o assunto é buscar soluções para melhorar a situação do setor público, o governo adota discursos contraditórios. Enquanto insiste em dizer que o momento é de austeridade e só apresentou proposta oficial aos docentes - inclusive rejeitada pela maioria da categoria - o ministério já divulgou um relatório com previsões otimistas que apontam economia crescente para o Brasil. Segundo o Planejamento, a economia brasileira voltou a recuperar o dinamismo e vem acelerando o crescimento. Para a Condsef e o Comando Nacional de Greve, mais do que nunca fica claro que o problema do governo em não atender a pauta de reivindicações urgentes dos servidores não é financeiro e sim falta de vontade política.

Enquanto promove anúncios frequentes de pacotes de “incentivo” à indústria, o governo Dilma tem preferido endurecer com os servidores em greve determinando corte de ponto e publicando decretos inconstitucionais para substituir servidores na luta do que apresentar uma proposta que dê conta de solucionar o conflito instalado. Para os servidores o discurso predominante é o da crise, que não há dinheiro, mas quando o assunto é atender demandas de minorias privilegiadas sempre há verba no governo Dilma. Recentemente, o governo anunciou mais um pacote para o setor automobilístico que concedeu mais de R$2 bilhões em isenção de impostos ao setor.

Entre 2011 e 2012, o governo concedeu a empresários aproximadamente R$155 bi em isenção fiscal. Em contrapartida, no mesmo período, contingenciou das areas sociais mais de R$ 105 bi. Fica claro que o discurso de austeridade, portanto, aparece apenas quando o diálogo envolve servidores e serviços públicos.

Mobilização deve ser reforçada Frente ao cenário otimista propagado pelo próprio governo, os servidores não entendem o motivo do discurso de austeridade imperar apenas no diálogo com a categoria. Por isso, o objetivo de todas as atividades de mobilização promovidas este ano e que ainda devem ocorrer têm sido chamar atenção do governo para a necessidade de buscar avanços urgentes nos processos de negociação. A expectativa dos servidores continua sendo de que avanços nas negociações sejam alcançados e para isso a mobilização deve ser reforçada.

Continue acompanhando e participe das atividades em defesa dos servidores e serviços públicos em seu estado. As ações de mobilização e novas informações sobre o processo de negociações com o governo seguem sendo divulgadas aqui em nossa página. Fotos do movimento em todo o Brasil você acompanha sempre em nossa página institucional no Facebook. 

De: CONDSEF


BASTA ! - É VERGONHOSA A ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PETISTA À FRENTE DO GOVERNO BRASILEIRO E MUITO MAIS VERGONHOSO AINDA, POIS CHEGA AO ASCO, É QUE SÃO RESPONSÁVEIS PELO O MAIOR VEXAME MUNDIAL, QUANDO SE TRATA DE PROPINAS E MARACUTAIAS, SEJA NA COMPRA DE VOTOS; DINHEIRO NA CUECA; PRESSÃO SOBRE MINISTROS DO SUPREMO FEDERAL PARA VER GARANTIDOS SEUS INTERESSES, DENTRE OUTRAS COISAS MEDONHAS E NOJENTAS.

E PENSAR QUE USARAM E ABUSARAM DO FUNCIONALISMO DESTE PAÍS PARA CHEGAREM AO ANDAR MAIS ALTO DA POLÍTICA NACIONAL.

NUNCA NA ESTÓRIA DESTE PAÍS, NUM "ESTADO DEMOCRÁTICO", UM GOVERNO SOFREU TANTA PRESSÃO QUANTO NESTE, NEM QUANDO O MAIOR VENDEDOR DE ESTATAIS, TAMBÉM OUTRO, OUTRORA, "SUPOSTO LUTADOR" PELOS INTERESSES DA MINORIA, CONHECIDO POR FHC, CONGELOU DRASTICAMENTE OS SALÁRIOS DOS SERVIDORES POR 08 ANOS CONSECUTIVOS, ROUBANDO-LHES OS REAJUSTES ANUAIS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO, QUE VISA A MANUTENÇÃO DO PODER AQUISITIVO DO CIDADÃO FRENTE À INFLAÇÃO APURADA.

REALMENTE QUEREM ACABAR COM OS GUERREIROS DESTA PÁTRIA BRASIL, POIS AO SILENCIAREM OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, NINGUÉM IRÁ LUTAR REALMENTE POR QUALQUER MELHORIA DESTA NAÇÃO, VEZ QUE SÃO ELES OS OLHOS DO POVO E PARA O POVO TRABALHAM.

ESTAMOS DE OLHO !