PSOL - Com a presença de 35 organizações e movimentos sociais que atuam na região metropolitana de Salvador e interior da Bahia, realizou-se no dia 02 de maio de 2011, na sede da AATR, uma reunião em que essas organizações e movimentos sociais expressaram os desafios que unanimemente sentem na atual conjuntura compartilhada.
Definiu-se coletivamente constituir o 13 DE MAIO , DIA NACIONAL DE DENUNCIA CONTRA O RACISMO, a Unificação das Lutas Sociais dos Setores e Movimentos envolvidos nessa discussão para realização de uma Assembléia Popular na Praça Municipal da Cidade de Salvador , que precederá uma Audiência Pública Federal cujo Tema é : Pelo Acesso à Justiça e Democracia Racial e em Defesa das Ações Afirmativas no Brasil, que será realizada no Espaço Cultural da Câmara de Vereadores, portanto no mesmo Território e como parte das Ações do 13 de Maio.
Dessa forma esta mobilização do dia a13 configurará três temas como foco do debate:
1- A luta contra o racismo e por justiça no estado e no país, desvendando engodos e hipocrisias, sempre atualizados, dos discursos oficiais da data de 13 de maio e denunciando o Extermínio da Juventude Negra , o Racismo Instititucional e a ADI 3239 do DEM
2- A defesa da luta pela terra com Reforma Agrária por parte de todas as camadas populares rurais em seus territórios, luta contra o esfacelamento do Sistema Ambiental na Bahia
3- Luta por uma política pública construída com participação e democracia reais
Considerando, a completa ausência do estado (executivo, legislativo e judiciário) na defesa do direito das populações empobrecidas rurais e urbanas e pesada atuação do estado na defesa e estruturação do grande capital:
· seja por meio de formas, cada vez mais recorrentes, incentivo, investimento e gerenciamento de:
· agrocombustíveis;
· mineração;
· utilização comercial da água;
· matriz energética;
· monocultivos e novo código florestal;
· infra-estrutura a serviço prioritário dos precedentes;
· seja com:
· flexibilização por parte do estado do sistema ambiental
· manutenção da estrutura de apropriação privada da terra, de seus reursos naturais e dos meios de
produção;
· criminalização dos movimentos, organizações e lideranças socioambientais autônomas;
· sistemática negação e manipulação das informações, da participação nos instrumentos conquistados para o excercício do poder por parte de comunidades e cidadãos.
Desta forma estas organizações se propõem a enfrentar, articulada e coletivamente, estas situações.
Foi sentido no ânimo e intencionalidade do grupo que este é um momento de se fortalecer, junto às bases, enquanto espaço pluralista de articulação de diversos grupos, organizações, movimentos que atuam nas diversas regiões da Bahia, tendo como pano de fundo aluta contra o racismo e o campo socioambiental, incorporando outros valores que permitam superar a desumanização e o degrado do atual modelo de crescimento economicista e provocador de sempre novas vítimas no âmbito das relações humanas e com o da vida no planeta terra.
MNU/Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas, Conselho Quilombola da BA ,Instituto Búzios, Intersindical-Ba, Comissão de Promoção de Igualdade da OAB, Stive Biko, FONAJUNE-Fórum Nacional de Juventude Negra, Rede Mocambos, Núcleo de Negros e Negras da UFRB, UNEGRO, Coletivo de Entidades Negras , Circulo Palmarino,CPT-BA, Ceas, FASE, CJP, CESE, CETA-BA, Comissão da Água, UNASFP, CAFFP, MPA, CPP, ENESSO/ABRAÇO-BA, Raízes, Organismo, Gambá, Territórios de Identidade da Região Metropolitana, Teatro do Oprimido, Gérmen, Liga Ambiente, Fórum a cidade é nossa, Rede de educomunicadores do São Francisco, Cáritas, Geografar, AATR, MTD,MST, MPP, Movimento Paulo Jackson, Fórum Agenda 21 Itapuã/AR10, Fundação Terra Mirim, CP Meio Ambiente, Jogue Limpo.
De: Diário Liberdade
Nenhum comentário:
Postar um comentário