domingo, 15 de maio de 2011

ISRAEL ABRE FOGO EM FRONTEIRAS PARA DETER MARCHA DE PALESTINOS

Exército disparou contra manifestantes a favor da causa palestina em Golã.

Confrontos também aconteceram na fronteira com o Líbano e em Gaza


Do: G1

As forças israelenses abriram fogo neste domingo (15) nas fronteiras de Israel com a Síria, o Líbano e a Faixa de Gaza, deixando mortos e feridos, enquanto palestinos lembravam a fundação de Israel em 1948, evento que qualificam de 'catástrofe' - 'Nakba'.

Tropas israelenses dispararam contra manifestantes para impedir que multidões atravessassem as fronteiras de Israel, no confronto mais mortífero desse tipo em anos. Segundo a agência Reuters, citando fontes de segurança libanesas, 10 pessoas morreram no Líbano.

Relatos da mídia israelense e síria disseram que disparos de Israel mataram quatro pessoas depois de dezenas de refugiados palestinos vindos da Síria terem infiltrado as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, ao longo de uma fronteira disputada mas que está calma há décadas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que esperava que a calma fosse restabelecida rapidamente nas fronteiras israelenses após a morte de manifestantes. "Esperamos que a calma seja restabelecida rapidamente, mas que ninguém se engane, nós estamos determinados a proteger nossas fronteiras e nossa soberania", disse ele em um rápido discurso transmitido na TV.

Manifestantes sírios cruzam a fronteira com Israel na região da vila druza de Majdal Shams, nas Colinas de Golã (Foto: Jalaa Marey/Reuters)
Manifestantes sírios cruzam a fronteira com Israel na região da vila druza de Majdal Shams, nas Colinas de Golã (Foto: Jalaa Marey/Reuters)


Na tensa fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza, segundo paramédicos, disparos israelenses feriram 60 palestinos quando manifestantes se aproximaram da barreira entre Israel e o enclave comandado pelo Hamas.

Tel Aviv

Em Tel Aviv, o centro comercial de Israel, um caminhão conduzido por um israelense árabe foi jogado contra veículos e pedestres, matando um homem e ferindo 17 pessoas. A polícia estava tentando determinar se o incidente foi um acidente ou um ataque. Testemunhas disseram que o motorista, que foi preso, se descontrolou com o caminhão no meio do trânsito do centro da cidade.

As forças de segurança de Israel estavam em alerta contra violência neste domingo, o dia em que os palestinos lembram o 'Nakba', ou catástrofe, da fundação de Israel em uma guerra de 1948, quando centenas de milhares de palestinos fugiram ou foram forçados a abandonar suas casas.

Golã e Síria

No povoado druso de Majdal Shams, nas Colinas de Golã - capturadas da Síria por Israel em 1967-, o major Dolan Abu Salah disse que entre 40 e 50 manifestantes do Nakba vindos da Síria passaram à força pela barreira da fronteira.

Centenas de manifestantes invadiram o fértil vale verde que marca a área da fronteira, agitando bandeiras palestinas. Tropas israelenses tentaram consertar a barreira rompida, disparando contra o que o Exército descreveu como infiltradores.

Mapa localiza pontos de confronto em Israel e
nos terreitórios vizinhos (Foto: Arte/G1)
Mapa localiza pontos de confronto em Israel e nos terreitórios vizinhos (Foto: Arte/G1)
A Síria abriga 470 mil refugiados palestinos, e em anos anteriores sua liderança, que agora enfrenta turbulência interna aguda, impediu manifestantes de chegarem à cerca da fronteira.
Cisjordânia

Em um protesto de Nakba na Cisjordânia ocupada, jovens palestinos atiraram pedras contra soldados de Israel, que dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha em um enfrentamento no posto de inspeção militar nos arredores da cidade de Ramallah, local de tensões frequentes.

Jerusalém

Um adolescente palestino foi morto a tiros em Jerusalém durante protestos na sexta-feira. A polícia disse que não ficou claro quem o baleou e que está investigando. O incidente ocorreu no bairro tenso de Silwan, em Jerusalém oriental, onde ocorrem incidentes frequentes de violência entre palestinos que atiram pedras em policiais israelenses e colonos judeus.

Os palestinos querem Jerusalém oriental como capital do Estado que pretendem criar na Cisjordânia e Faixa de Gaza.



Um comentário:

  1. Até quando vai essa covardia de ambos os lados, será que não existe nenhum elo de de interesse comum entre as partes que possa ser motivo de negociação e cessar fogo seguido de coerência e compaixão ?

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